Recordo-me com muita gratidão que, antes da minha ordenação diaconal, fui submetido a um estágio pastoral em três situações limites da condição humana, geograficamente localizadas nas ruas, nos hospitais e nos cemitérios.
Provavelmente a falta de experiência mexeu com minha ansiedade. Tentei me preparar da melhor forma possível. Criei até um itinerário, uma espécie de roteiro pastoral para cada um desses locais. Confesso que me assustava a responsabilidade de levar uma palavra de vida e de esperança a quem havia perdido alguém que amava, ou a quem sofria por uma séria enfermidade, ou ainda a quem, desfigurado pela indiferença da sociedade, deixou de acreditar no ser humano.
Logo na primeira vez que fui ao encontro do Cristo escondido nesses irmãos eu percebi que todo o meu preparo pouco ajudou. Eles aguardavam algo bem mais simples e pessoal, a começar por um abraço e um pouco de atenção. Poxa! Que lição aprendi…
Quantas pessoas ainda aguardam por um pouco de atenção e mesmo um abraço? Seja nas periferias da cidade, dentro da nossa casa… Que bom se você puder também servir a este bom propósito, enxergando e se importando com o outro.