Durante uma boa conversa com João, um senhor de 87 anos e bastante querido na paróquia, eu fui surpreendido com uma pergunta dele: “Você encontrou felicidade dentro da Igreja?” Poxa! E continuou: “Se sim, então você precisa mostrar isso para os outros. Do contrário, não é felicidade, mas o cumprimento de um preceito…”
O papo continuou, mas guardei a pergunta comigo. Ora, é bem verdade que um cristianismo triste, que apenas cumpre preceitos, não funciona e tampouco convence. O próprio Papa Francisco diz que cristão triste é uma contradição. Afinal, a encarnação e ressurreição de Jesus são motivos para jamais cairmos na tentação do desespero. Logo concluo que, particularmente, eu sou feliz na Igreja.
Contudo, qual é a visão que eu passo para as pessoas que me cercam sobre a Igreja? Será que, ao ver minhas atitudes, essas pessoas sentem o desejo de participar da comunidade ou mesmo de estreitar a amizade com Deus? Vale a avaliação destes e outros pontos.
“Conversa boa é conversão”, como diz Frei Carlos Mesters. E foi isso que o senhor João me proporcionou: uma conversão. Espero que, independente das dificuldades que virão, possamos mostrar com a vida a alegria de pertencermos a Cristo, inseridos nas nossas comunidades eclesiais.