Embora nossa preocupação seja com os profetas do AT, especialmente aqueles cujos nomes estão ligados a seus livros proféticos, devemos começar com algumas considerações sobre a profecia em geral.
O Fenômeno da Profecia
Muitas religiões, se não todas, têm produzido o fenômeno da profecia, quer continuamente quer em algum estágio de seu desenvolvimento. Essa observação é válida não somente para assim chamadas religiões primitivas, mas também para as mais sofisticadas.
Por profecia, nós não entendemos especificamente ou principalmente a previsão do futuro, mas, sim, a mediação e interpretação da mente e vontade divina. Era nesse sentido que profêtês (termo grego que significa “aquele que fala por outro” ou “intérprete”) era usado, aproximadamente desde o Século V a.C., para designar aqueles que interpretavam a mente divina, manifesta de várias maneiras para si próprios ou outras pessoas.
A função dos profetas era considerada de forma preeminente relativa à religião pública; outros termos eram usados para se referir a vaticinadores ou adivinhos. A função também era frequentemente associada com um discurso racional e interpretação: a pessoa inspirada como tal, o receptáculo de uma revelação que pode requerer interpretação, recebia o adjetivo adivinho.
O profêtês ou o adivinho poderiam ser uma e a mesma pessoa; entretanto, o último termo veio a ser usado principalmente em conexão com: revelação do futuro.
A Profecia em Israel
Entendida a origem e a função dos profetas; vamos ver a Profecia dentro de seu contexto histórico de Israel desde à época tribal até o evento da vinda de Jesus de Nazaré; e ao mesmo tempo analisarmos a linguagem profética enquanto reflexão comunitária que brota desde o cotidiano de mulheres, homens e crianças e, sobretudo, dos empobrecidos dos excluídos da comunidade e da sociedade.
A religião não é propriamente o berço da profecia. Ainda que falemos de igreja profética e, derivando, de teologia profética, tais fenômenos não são autônomos, não tem sua explicação em si mesmo.
A profecia se assemelha a um fermento.
Hoje, as igrejas tomam jeito profético quando se situam com suas práticas em meio às necessidades do cotidiano, da realidade do povo de Deus. Neste sentido, a profecia brota na intersecção entre o sagrado e o profano.
Uma teologia profética situa-se, pois, neste aprendizado das comunidades cristãs em se re-situarem em meio ao mundo e em relação às dores da humanidade.
Categorias como “mundo” e “humanidade”, na verdade, são amplas demais para captar o senso profético. Não são matrizes apropriadas para a impressão do “livro da profecia”. Ou seja, uma teologia não incorpora a profecia somente por assumir a modernidade, por se posicionar positivamente em relação à secularização.
O agente histórico promotor de profecia não é, hoje, nem o assim chamado mundo e nem a humanidade, mas são os pobres, dos excluídos, dos que sofrem discriminação e intolerância. A gente empobrecida é porta-voz da profecia. Teologia profética só pode ser prática e palavra dos pobres e solidária aos lavradores e operários empobrecidos, à população negra, aos indígenas, às mulheres violentadas e abandonas, enfim, a todos e todas que sofrem qualquer tipo de opressão e exclusão. Profecia que não implique nesta opção não é bíblica.
Profecia acontece, pois, no conflito. O sonho profético representa um modo especial de tornar transparente o conflito. Explicita-o em sua dimensão social. Para a profecia, a solução da contradição entre oprimidos e opressores situa-se no nível histórico.
A profecia existe “para arrancar e derrubar” e “para edificar e plantar” (Jeremias 1,10). Esta dupla dimensão é básica para a profecia: julga e aguarda.
Julga a opressão e a idolatria, sócias do destino trágico do povo. A profecia verifica a existência do roubo contra os pobres, e opressão contra qualquer grupo. E afirma a derrocada dos causadores da ruína dos fracos.
Evoca a esperança de tempos novos e diferentes, sem opressão e sem idolatria. Há, pois, um projeto. Não há profecia sem projeto histórico, baseado no querer do próprio Deus.
A profecia agita, inquieta e desestabiliza o poder com suas ameaças. Ameaça sem dó a elite governante e os que vão se apossando dos bens do povo. Denuncia, sem medo, a existência dos pobres na cidade e dos pobres da terra. Os opressores vão se aprofundando e se aperfeiçoando na exploração e no roubo das mulheres e dos homens a ponto de encher a cidade com sangue inocente. Ao analisar a profecia temos que identificar quem são os opressores e quais os mecanismos que utilizam para extorquir e reprimir os pobres. Certamente a profecia denuncia com veemência a elite palaciana que foi conquistando o poder através da centralização do excedente agrícola e o controle das transações comerciais. Taxas, ouro e prata determinam a vida nos dias de muitos dos profetas e do movimento camponês. A grande denúncia profética recai sobre o comércio e principalmente a classe rica que está vivendo tranquila das benesses adquiridas pela política econômica. Aos opressores os profetas como Amós, Sofonias, Oséias, Miquéias, Isaías, Jeremias anunciam que no dia de YHWH serão castigados, irão chorar e lamentar. O dia de YHWH na profecia é também sinal de resistência e protesto. As palavras dos profetas demonstram que a voz dos pobres não foi amordaçada e que eles estão a clamar por direito e justiça.
Se há uma coisa que aparece clara nos Livros dos Reis é a atuação política dos profetas. O profeta Natã praticamente encaminha a sucessão de Davi, fazendo com que o partido de Salomão predomine sobre o partido de seu irmão Adonias (1Rs 1). O profeta Aías, de Silo, incita Jeroboão a rebelar-se contra Roboão, provocando a divisão do reino (1Rs 11-12). O mesmo profeta acabará condenando a dinastia de Jeroboão, infiel à Aliança, pregando a sua derrubada (1Rs 14,7-16). O profeta Jeú instiga a revolta contra o rei Baasa (1Rs 16,7-10). O profeta Elias promove a resistência contra Acab e Jezabel. Acusado de agitador, foge para o estrangeiro e seus seguidores são perseguidos e mortos (1Rs 18,1-18). O profeta Miquéias, filho de Lemla, opõe-se a Acab e acaba sendo preso (1Rs 22,19-28). O profeta Eliseu manda ungir o general Jeú como rei (2Rs 9-10). No próprio exercício de sua missão como “homens de Deus” ou porta-vozes de Deus, os profetas desempenham um papel político, social e econômico.
Alguns aparecem ao lado do trono como conselheiros do rei, como é o caso do profeta Natã, na corte de Davi (2Sm 7). Isto, porém, não impede que erga sua voz e, em nome de Deus, condene os erros do rei (2Sm 12,1-15). Aparecem também profetas e profetisas independentes, a quem o rei recorre em tempos de crise. É o caso do profeta Isaías, consultado pelo rei Ezequias (2Rs 19,1-34), ou da profetisa Hulda, consultada pelo rei Josias (2Rs 22,11-20). Mas em geral eles vivem afastados do palácio real e pronunciam seus oráculos ou sentenças com total liberdade e autoridade (1Rs 12,22-24; 13,1-5; 21,17-23; 2Rs 3,14-19). Alguns são mencionados simplesmente como “profeta”, ou “homem de Deus”, ou “um dos filhos dos profetas”, sem o nome próprio, sinal de que são gente do povo.
Profeta: Características
- Nabî (hebraico) – profeta, chamado, enviado, anunciador
- Ro eH e HoZeh – vidente, visionário.
- Prophêtês (do grego) aquele que fala, profere, anuncia uma mensagem em nome de alguém.
A partir destes termos o Profeta em Israel aparece como…
AQUELE que fala com Deus, consulta a Deus
AQUELE que fala sob a ação da divindade
AQUELE que fala em lugar e em nome de Deus
AQUELE que revela as coisas ocultas, mensageiro da vontade divina, enviado de Deus
AQUELE Impulsionado pela Palavra de Deus.
AQUELE a quem Deus revela seus segredos. O profeta penetra a casca dos fatos e acontecimentos, analisa suas causas. Descobre o que Deus que dizer com os acontecimentos, e faz a partir daí sua denúncia e anuncio.
AQUELE que traz sempre presente ao povo a memória do projeto de Deus
AQUELE que anima na resistência e na esperança
- O profeta nasce da conjuntura histórica do momento que ele vive, analisa os problemas, procura os causadores e propõe uma nova aliança.
- Experiência de Deus (sente a presença de Deus; desperta a memória; exige fidelidade à aliança.)
- Experiência do Povo (quebra da aliança; apelos dos pobres; denunciar, anunciar; e transformar.)
- Pelos adeptos, vistos como: videntes, homens de Deus;
- Pelos adversários como: perturbadores, agitadores, subversivos. (1Rs 18, 17; 21,22). Conspiradores, doidos, tolos (2Rs 9,11; Os 9,7);
- Não se auto definem como profetas e alguns até negam ser profetas. (Am7,14; Mq 3,5-7)
- Entendem-se com “enviados”, mensageiros de Deus, homens da Palavra (Am 3,8; Jr18,18; Jr15,19, Jr1,9) levam a mensagem de Deus, não a sua própria mensagem. São homens do Espírito. São possuídos, compelidos pelo Espírito. Sua autoridade vem de Deus. São chamados, vocacionados para esta missão. (Os 9,7; Am 7,15-16; Jr 1,1-10; Is 6,1-9; Jr17,12-18; Jr 20,7-17).
- São especialmente críticos do rei e do Estado, do templo, e do culto. Profecia e Monarquia surgem juntos se conflitam e juntos desaparecem (séc.10 ao séc. 6). Rei e Profeta estão em contraposição, em atrito. Profeta anti-sócio do Rei. Crítico (do poder político (rei), religioso, do sacerdote e dos falsos profetas).
- Fala com autoridade frente as questões políticas, sociais, econômicas, religiosas. Nos momentos de crise analisa os fatos, os acontecimentos, mostram às contradições, pronuncia em nome de Deus um julgamento e toma posição. Projeta sua palavra sobre a situação concreta a partir de casos corriqueiros de opressão. (1Rs 21,1ss; 1Rs 11,26-40; 2Sm 12,1-14; 22,1-28; 2Rs 9; 8,7-15 Jr27,1-22; 281-17).
- Denunciam a alienação religiosa, o falso culto, o templo, e a idolatria, (Am 8,20-24; 1Rs 18,21-27; Is 1,10-20; Is 40,18-20; 44,7-20; Is 46,1-13; Jr 7,1-34; Am 5,4-15)
- O profeta faz opção pelos pobres e anuncia o Deus que liberta, que faz justiça aos pobres e oprimidos. Faz uma opção de classe, exemplo de Deus. (Dt 10,16-19; Am 4,1; 1Rs 21,17-24, Is 1,21-26; Sl 3,14).
- O profeta se entende a partir da experiência de Deus no pobre, no excluído, (Jr1,5-9;20,7; Is 49,1; Ex3,1-3; Is 1,21-26; Is 58).
- São pessoas cheias de paixão. Suas palavras queimam como fogo. (Eclo 41,1; 11,5, Jr 20, 7-17)
- O profeta experimenta a crise, a divisão e o conflito interior, a resistência do apelo de Deus. Entra em conflito consigo, com Deus, com a instituição. Não é compreendido por muitos, é perseguido, é alvo de contradição, mesmo de maldição (Jr15,10-21; 2Rs22,1ss; Jr 16,1-21; 17,12-18; 18,18-23; Jr 20,1-17)
- Os profetas não foram personagens individuais, isolados, há comunidades, grupos que lhes dão apoio (Jr 26)
- Os profetas surgem como voz da classe camponesa oprimida pelo estado. Evidenciam o conflito de classes: Campo X Cidade (Estado). Fazem a junção dos sofrimentos isolados da vida dos camponeses, a partir da opção por um projeto, o projeto de Deus. Fazem a ligação entre as histórias de injustiça sofridas e relatadas pelo povo. Elaboram sua análise e reflexão e a devolvem ao povo em forma de denúncia e do anúncio do projeto do Êxodo abandonado. (Mq 2,1-13; 3,1-12; Ex 34; Am 8,1-14, Os 2,16-25; Am 4-16);
- Denunciam as injustiças econômicas como motor de outras injustiças, especialmente as injustiças sociais. (Am 2,1-8; Am 3,10-15; 5,7-12; Is 10,1-4; Is 5,10-24; Am 5,24)
- Identificam-se como mensageiros de Deus e fazem oposição aos falsos profetas (1Rs 22,5-28; Jr 27,9-22; Jr 28,1-16; Jr 23,9-32, Jr 26,12-15)
Falsos profetas
Falam sem Deus lhes ter mandado falar. Não são inspirados por Deus, mas “por espíritos de mentiras”. Falam, não a Palavra de Deus, mas a sua própria palavra. Arrastam o povo a crer em mentiras. Não entram em conflito com Rei, Estado, Templo, Culto (Jr27,9-22; 28,1-16; 6,13-15; 5,31; 8,11-12; 23,17-19; Mq 3,5-7; Ez 13; Jr 23,9-32; Jr 30,10; 1Rs 22,5-28; Jr 26,1-17).
Sua crítica estabiliza a situação e visa harmonizar as coisas. São simpáticos cortesãos da paz palaciana.
Uma das maneiras que se utiliza para diferenciar os falsos dos verdadeiros profetas, é que a história julgará com acontecimentos. “A sua palavra se cumpre”. Isto mostra o verdadeiro profeta (1Rs 22; Jr 28,8-9). O verdadeiro profeta é alguém descomprometido com a classe dominante, é comprometido com Deus, com sua Palavra, e com o povo pobre e oprimido. Sem apoio oficial, sua força é de Deus, sua palavra machuca a muitos, mas é libertadora e desvenda a realidade. O profeta conserva na memória do povo as lembranças das experiências fundamentais de sua história, e experiência de Deus e da sua ação libertadora, do Deus que tem um projeto de vida para o povo (Referencias: Dt 18,9-22).
Evolução do Profetismo
1º Período – Pré-literário: Criticam só o rei, não a monarquia. Sua proposta: A troca de Rei
2º e 3º Período – (Assírio / Babilônico) Profetas literários: Criticam o rei, o Estado, e o Templo. Sua proposta: O fim da monarquia
4º Período: (Pós-exílico) Projeto Construção do Templo como Fonte de resistência: Messias (esperança);
1º Período (1000-760 a. C) Profecia Pré-Literária.
Chama-se assim porque, desse período, não há livros proféticos escritos. No entanto, encontramos as narrativas sobre os profetas em 1º e 2º Sm, bem como 1º e 2º Rs.
Os principais profetas dessa época são Natã, Gad, Aías de Silo, Miquéias, filho de Jemla, Elias e Eliseu. Há, também, profetisas como Débora, ela está relatada no livro de Juízes, foi uma importante profetisa, pois além de juíza, era líder militar e poetisa, daí a sua importância na história de Israel, (Jz 4-5). Hulda, única profetisa relatada como tal no período dos reis, sua importância está em confirmar a autenticidade do Livro da Lei, encontrado nas ruinas do Templo na reforma que o rei Josias promoveu em Israel, (2Rs 22,14-20).
Característica: ligados à corte, os profetas pré-literários são funcionários e conselheiros dos reis.
Denúncia: Problemas isolados e individuais ligados aos abusos de poder real, sem criticar a estrutura, o sistema.
Proposta: Sugerem reformas e acreditam que a conversão do rei pode melhorar a sociedade.
PROFETA | TEXTO | REINADO |
Débora | Jz 4-5 | Tempo dos Juízes |
Samuel | 1Sm 1-25 | Saul |
Natã / Gad | 2Sm 7,1-12; 15; 2Sm 24,11 1Rs1,1-53 | Davi |
Aias de Silo | 1Rs11 | Salomão, Jeroboão, Roboão |
Semeías | 1Rs12,22-24 | Roboão |
Jéu | 1Rs16 | Baasa |
Elias | 1Rs 17-19 | Acab |
Micaias ou Miqueias | 1Rs22 | Acab |
Eliseu | 2Rs2-13 | Joarão, Jeú |
2º Período (760-700 a.C) profecia literária
Nesta época, a Assíria é a potência hegemônica no contexto internacional. No Reino Norte: Amós e Oséias, no Sul: Isaías (1-39), Miqueias
Característica: ligam os problemas às suas causas, fazendo uma análise estrutural da sociedade.
Denúncia: Injustiças generalizadas, criticam os reis, os juízes, e os sacerdotes, bem como corrupção da cidade e seu desrespeito em relação às famílias, a falsa religião e a idolatria, o sistema tributário é a causa do empobrecimento do povo.
Proposta: pedem uma reviravolta total, uma transformação: voltar ao Senhor, o Deus único, voltar ao sistema tribal.
3º Período (650-570 a.C)
A Babilônia passa a dominar o cenário internacional. Entre o 2º e 3º períodos, há 50 anos de silêncio da profecia, causado pela violenta repressão de Manassés, considerado um dos reis mais perversos (2Rs 21,1-18).
Os profetas que se destacam no 3º período, além de Hulda como profetisa, são Naum, Sofonias, Habacuc, Jeremias.
Característica: como os profetas do 2º período, também são considerados profetas radicais, pois denunciam as estruturas monárquicas, como a raiz da injustiça, legitimada pelo templo, pela religião oficial.
Denúncia: a idolatria no templo, sacrifícios de crianças, religião vazia, injustiças, social, incoerência e infidelidade.
Proposta: volta ao Deus único, Javé; a transformação passa pela destruição da monarquia e do templo.
4º Período (570-539 a. C)
É o tempo do exílio babilônico. São profetas dessa época: Abdias, Ezequiel e Deutero Isaías (40-55).
A finalidade desses profetas é confortar, reanimar, restituir a identidade ao povo exilado e derrotado; restituir ao povo o verdadeiro rosto do senhor; o resto é servo do Senhor, e os cacos da humanidade têm a missão de ser luz entre as nações.
5º Período (539-332 a.C)
É a época Persa, chamada também de pós-exílio.
Ageu, Zacarias, Trito Isaías 56-66, Malaquias e Joel são os profetas que mais atuam nesses períodos.
Tempo marcado pela volta do exílio e pelos projetos de reconstrução. Alguns profetas apoiam a reconstrução do templo, outros são mais voltados para a vida do povo.
6º Período (332 a. C em diante)
Os gregos aparecem na cena internacional. O profeta que se destaca nessa época é Daniel. É mais apocalíptico e usa uma linguagem simbólica. Suas denúncias são voltadas aos impérios considerados opressores. Anuncia a chegada do Reino de Deus, Senhor da história.
Profetas pré e pós Exílios
Profetas pré-exílios do Reino do Norte (Israel)
O reino do Norte, Israel, que durou cerca de duzentos anos (932-722), assistiu ao surgimento dos seguintes profetas:
Elias (cerca de 870)
Eliseu (cerca de 820)
Amós (a partir de 760)
Oséias (a partir de 750)
Profetas pré-exílios do Reino do Sul (Judá)
No reino do Sul, Judá, que durou cerca de trezentos e cinquenta anos (932-586), surgiram os seguintes profetas:
(Proto) Isaías (a partir de 740)
Miquéias (cerca de 700)
Sofonias (cerca de 640)
Naum (a partir de 620)
Jeremias (a partir de 620)
Baruc (a partir de 605)
Habacuc (a partir de 600)
Profetas do cativeiro babilônico
Durante o cativeiro babilônico (585-538) surgiram os seguintes profetas (sob o nome de “Deutero-Isaías”, pode-se entender um indivíduo ou uma “escola isaiana”):
Ezequiel (a partir de 595)
Deutero-Isaías (cerca de 550)
Profetas da época pós-exílico
Pelo edito do rei persa Ciro (Esd 1, 1-4), abriu-se para os judeus, após quase setenta anos de exílio, a via para Israel, onde, sob Esdras e Neemias, iniciaram-se uma época de restauração religiosa e uma última fase de atividade profética:
Ageu (cerca de 520)
Zacarias (cerca de 520)
Trito-Isaías (cerca de 430)
Malaquias (cerca de 430)
Abdias (cerca de 400)
Joel (cerca de 400)
Deutero-Zacarias (depois de 320)
Referências: Bíblia Do Peregrino. São Paulo: Paulus, 2ª Ed, 2006. BORTOLINI, José. Profetas. Aparecida: Santuário, 2018. McKENZIE, John L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Paulus, 1983. VV.AA. Novo Comentário Bíblico São Jerônimo: Antigo Testamento. Santo André: Academia Cristã; São Paulo: Paulus, 2012.